O mercado brasileiro de soja teve uma sexta-feira (10) de poucos negócios e de preços entre estáveis e mais baixos. Apesar da reação do dólar, os contratos futuros recuaram em Chicago e os prêmios seguiram negativos, pesando sobre as cotações e afastando os produtores, que esperam por um cenário melhora para voltar a negociar.
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços em baixa, acentuando as perdas acumuladas ao longo da semana. O mercado seguiu pressionado pela fraca demanda pelo produto dos Estados Unidos, a ampla oferta do Brasil entrando no mercado e pelo clima de aversão ao risco no financeiro.
As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 94 milhões de toneladas em 2023, acima dos 78,7 milhões indicados para 2022. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado, e indica um aumento de 19% entre uma temporada e outra.
Na previsão anterior, de janeiro, o número era de 93 milhões. Com a colheita avançando, os olhos dos compradores saem dos Estados Unidos e se voltam ao Brasil.
Safras indica esmagamento de 53 milhões de toneladas em 2023 e de 50,07 milhões de toneladas em 2022, com uma elevação de 6% entre uma temporada e outra. Em janeiro, a estimativa era de 52 milhões de toneladas. As importações estão indicadas em 100 mil toneladas para 2023, com queda de 76% sobre 2022.
Em relação à temporada 2023, a oferta total de soja deverá aumentar 15%, passando para 156,378 milhões de toneladas. A demanda total está projetada pela consultoria em 150,5 milhões de toneladas, crescendo 14% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 53%, passando de 3,85 milhões para 5,878 milhões de toneladas.
Contratos com entrega em maio
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 3,75 centavos ou 0,24% a US$ 15,07 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,94 3/4 por bushel, com perda de 4,00 centavos de dólar ou 0,26%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 1,00 ou 0,2% a US$ 485,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 56,61 centavos de dólar, com perda de 0,45 centavos ou 0,78%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,32%, sendo negociado a R$ 5,2080 para venda e a R$ 5,2060 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1510 e a máxima de R$ 5,2210. Na semana, a valorização foi de 0,17%.
Fonte: canalrural