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Agronegócio

Soja: recuo dos prêmios e Chicago em baixa traz queda nos preços brasileiros

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Fechamento da soja. Foto: Daniel Popov/ Dia de Ajudar

O mercado brasileiro de soja teve uma sexta-feira (10) de poucos negócios e de preços entre estáveis e mais baixos. Apesar da reação do dólar, os contratos futuros recuaram em Chicago e os prêmios seguiram negativos, pesando sobre as cotações e afastando os produtores, que esperam por um cenário melhora para voltar a negociar.

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços em baixa, acentuando as perdas acumuladas ao longo da semana. O mercado seguiu pressionado pela fraca demanda pelo produto dos Estados Unidos, a ampla oferta do Brasil entrando no mercado e pelo clima de aversão ao risco no financeiro.

As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 94 milhões de toneladas em 2023, acima dos 78,7 milhões indicados para 2022. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado, e indica um aumento de 19% entre uma temporada e outra.

Na previsão anterior, de janeiro, o número era de 93 milhões. Com a colheita avançando, os olhos dos compradores saem dos Estados Unidos e se voltam ao Brasil.

Safras indica esmagamento de 53 milhões de toneladas em 2023 e de 50,07 milhões de toneladas em 2022, com uma elevação de 6% entre uma temporada e outra. Em janeiro, a estimativa era de 52 milhões de toneladas. As importações estão indicadas em 100 mil toneladas para 2023, com queda de 76% sobre 2022.

Em relação à temporada 2023, a oferta total de soja deverá aumentar 15%, passando para 156,378 milhões de toneladas. A demanda total está projetada pela consultoria em 150,5 milhões de toneladas, crescendo 14% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 53%, passando de 3,85 milhões para 5,878 milhões de toneladas.

Contratos com entrega em maio

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Foto: Pixabay

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 3,75 centavos ou 0,24% a US$ 15,07 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,94 3/4 por bushel, com perda de 4,00 centavos de dólar ou 0,26%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 1,00 ou 0,2% a US$ 485,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 56,61 centavos de dólar, com perda de 0,45 centavos ou 0,78%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,32%, sendo negociado a R$ 5,2080 para venda e a R$ 5,2060 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1510 e a máxima de R$ 5,2210. Na semana, a valorização foi de 0,17%.

Fonte: canalrural

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