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Agronegócio

Seca afeta escoamento de grãos nos portos do Arco Norte: saiba mais

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Responsáveis por quase metade dos embarques de milho destinados à exportação, os portos do Arco Norte do Brasil estão operando com capacidade reduzida por causa da seca. Com o escoamento prejudicado, parte das cargas está sendo direcionada para outras rotas, aumentando o custo logístico.

Os portos do Arco Norte ganharam relevância para o escoamento da produção brasileira de milho para outros países de 2015 para cá. Saltou de 19% para 45% do total de embarques. Um movimento alimentado, principalmente, pelos grãos colhidos em Mato Grosso, combinando os modais rodoviários e hidroviários.

Entretanto, com a severa seca e, consequentemente, o baixo nível dos rios, a navegação está comprometida, diminuindo o volume embarcado e também o ritmo do transporte.

“Esse ano tivemos uma super oferta de soja e milho para ser escoada. Ocorre que esse ano, coincidentemente, também estamos tendo a maior seca dos últimos 120 anos. Então, o nível dos rios baixou muito e, pelo fato de ter baixado muito, torna impossível você escoar pleno”, pontua o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz.

Segundo ele, as barcaças estão transportando 60% da sua capacidade.

Custo do frete elevado

A alternativa para a situação, salienta o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, está sendo “desviar” parte da produção para os portos de Paranaguá e Santos. Contudo, há um custo maior, que tende a pesar no bolso dos agricultores, mesmo que não ocorra agora.

Edeon Vaz frisa que frete que está sendo destinado à Santos e Paranaguá são trechos acima de 2,2 mil quilômetros rodoviários. Ao se analisar o Arco Norte, de Sorriso (MT) para Miritituba (PA) são 1.090 quilômetros rodoviários e 1.070 quilômetros hidroviário até chegar em Barcarena (PA).

“A trading ao fazer a compra do produto do agricultor ela calcula a sua melhor logística e paga o valor resultante do porto menos as despesas até a origem. Nesse caso ela já fechou, já comprou. Então, ela não tem como nesse momento transferir esse custo ao produtor. Mas, ao longo do ano que vem ela com certeza vai praticar preços menores para recuperar esse valor que está sendo pago”, explica.

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Fonte: canalrural

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