Sophia @princesinhamt
Agronegócio

Produtores brasileiros fazem protesto contra importação de cacau africano

2024 word2
Grupo do Whatsapp Cuiabá
protesto, cacau, bahia

Produtores de cacau da região de Ilhéus, no sul da Bahia, realizaram uma manifestação nesta segunda-feira (27) contra a importação de amêndoas de cacau da África, em especial da Costa do Marfim.

A Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC) argumenta que a Instrução Normativa Nº 125 (IN125), publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) durante o governo anterior, retirou a exigência fitossanitária para a importação de amêndoas africanas, ignorando os riscos de trazer pragas e doenças quarentenárias que não existem no Brasil.

Os produtores alertam que a entrada de doenças e pragas pode contaminar a produção de cacau e outras culturas, como soja, milho, arroz, feijão, e sorgo, além de afetar a sustentabilidade ambiental e econômica da região.

A ANPC afirma que o Brasil é autossuficiente na produção cacaueira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e que não há motivos para autorizar a importação de amêndoas como está ocorrendo.

Além dos riscos fitossanitários, a ANPC denuncia a falta de fiscalização trabalhista e os casos de trabalho escravo e exploração infantil nos campos cacaueiros africanos.

A da ANPC, Vanuza Lima Barroso, afirmou que a luta não é apenas comercial, mas também social e ambiental, e que a produção sustentável depende do aspecto econômico e da remuneração próspera dos produtores.

A manifestação contou com a adesão de produtores da Bahia e do Pará, além do apoio de deputados, prefeitos e secretários municipais.

A ANPC informou que tem agendas importantes nos próximos dias para continuar pressionando as autoridades políticas a revogarem a IN125 e protegerem a produção nacional de cacau.

Fonte: canalrural

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.