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Agronegócio

Preços da soja no Brasil não resistem a quedas de Chicago e dólar

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COTAÇÃO, SOJA PREÇOS

Cotação da soja no mercado doméstico. Foto: Daniel Popov/Canal Rural

Os preços da soja iniciaram a semana sob pressão nas principais praças do país. A queda do dólar e da maioria dos contratos futuros em Chicago pesou sobre as cotações domésticas. Os negócios seguiram lentos, com apenas registro de operações pontuais.

Acompanhe as cotações nas principais praças:

  • Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos baixou de R$ 186,00 para R$ 184,50

  • Região das Missões: a cotação caiu de R$ 185,00 para R$ 184,00

  • Porto de Rio Grande: o preço recuou de R$ 191,00 para R$ 188,00

  • Cascavel (PR): o preço ficou passou de R$ 185,00 para R$ 180,50

  • Porto de Paranaguá (PR): a saca desvalorizou de R$ 191,50 para R$ 187,00

  • Rondonópolis (MT): a saca subiu de R$ 169,00 para R$ 171,00

  • Dourados (MS): a cotação baixou de R$ 176,00 para R$ 171,00

  • Rio Verde (GO): a saca caiu de R$ 167,00 para R$ 166,00

Soja em Chicago

dólar taxa

Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira (8) com preços mais baixos. O retorno das chuvas em parte do cinturão produtor dos Estados Unidos reforça o sentimento de uma safra cheia naquela país, pressionando as cotações.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de soja. Segundo o USDA, até 7 de agosto, 59% estavam entre boas e excelentes condições, 30% em situação regular e 11% em condições entre ruins e muito ruins. O mercado esperava 59% em boas a excelentes condições. Na semana anterior, os índices eram de 59%, 29% e 11%, respectivamente.

Os números oficiais das compras chinesas em julho reforçaram o sentimento de uma queda na demanda pelo produto americano. Este fato ajudou a pressionar as cotações.

Importações e exportações

As importações de soja em grão pela China no mês de julho somaram 7,88 milhões de toneladas, caindo 9,1% frente ao mesmo mês do ano passado, quando somaram 8,67 milhões. Frente a junho, recuaram 4,5%. Segundo dados alfandegários, o menor consumo e as fracas margens de esmagamentos reduziram o apetite pela oleaginosa.

A queda de hoje foi limitada por números recentes mais positivos sobre a demanda pela soja norte-americana.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 867.504 toneladas na semana encerrada no dia 4 de agosto, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava 525 mil toneladas. O USDA anunciou ainda a venda de 132 mil toneladas do grão para a China por parte de exportadores privados.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 0,75 centavo ou 0,05% a US$ 14,64 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 14,00 por bushel, com perda de 8,75 centavos de dólar ou 0,62%.

Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com baixa de US$ 1,10 ou 0,25% a US$ 436,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 69,20 centavos de dólar, com ganho de 0,61 centavo ou 0,88%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em queda de 1,06%, cotado a R$ 5,1130. O real foi beneficiado com o saldo de US$ 101,3 bilhões da balança comercial chinesa de julho (as projeções eram de US$ 90 bilhões) que impulsionou o valor das commodities, e pelo movimento de estabilização dos treasuries norte-americanos.

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