O mercado brasileiro de soja teve uma quinta-feira (16) de preços mais baixos. Com a Bolsa de Chicago (CBOT) em sessão bastante volátil e com o dólar em queda, os valores da oleaginosa no Brasil recuaram, com prêmios seguindo negativos, como destaca a Safras Consultoria.
Apesar disso, foram reportados bons volumes negociados com a soja, principalmente no Paraná e Rio Grande do Sul, mas saindo também negócios em Mato Grosso do Sul e São Paulo. Já em outros estados o dia foi fraco.
De maneira geral, os produtores estão segurando o que podem. Como no ano passado os preços estavam bem altos e as margens também, agora os vendedores estão retraídos, esperando por melhores condições para a venda.
Confira as cotações da soja disponível
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mistos, perto da estabilidade. As primeiras posições subiram e as demais foram pressionadas.
Desde o início o mercado tentou uma recuperação técnica, mas sem consolidar este movimento. Entre os fatores de ajuda a esse movimento, destaque para a perda de potencial produtivo da safra Argentina e o quadro financeiro um pouco mais tranquilo.
Nesta quinta, a Bolsa de Buenos Aires cortou novamente a sua estimativa de safra, de 29 milhões para 25 milhões de toneladas. Em contrapartida, pesa sobre o mercado a entrada da grande safra brasileira, com a colheita avançando e despejando 150 milhões de toneladas no mercado. A demanda pela soja dos Estados Unidos segue fraca.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2022/23, com início em 1º de setembro, ficaram em 665.000 toneladas na semana encerrada em 9 de março. A China liderou as importações, com 208.100 toneladas. Para a temporada 2023/24, foram 66,1 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 125 mil e 900 mil toneladas.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 2,25 centavos ou 0,15% a US$ 14,91 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,76 por bushel, com ganho de 1,50 centavo de dólar ou 0,1%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 4,40 ou 0,91% a US$ 474,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 57,73 centavos de dólar, com ganho de 1,39 centavo ou 2,46%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão com queda de 1,05%, sendo negociado a R$ 5,2380 para venda e a R$ 5,2360 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2370 e a máxima de R$ 5,3110.
Fonte: canalrural