Com o passar dos anos, a tecnologia é utilizada de várias maneiras dentro do campo. E uma delas é para o melhoramento genético de raça. Na fazenda Conquista, no município de Rosário Oeste, centro-sul de Mato Grosso existe um centro de performance ao qual animais de elite são submetidos a um teste alimentar, onde comem menos para engordar mais.
Produzir mais com menos é o caminho para a sustentabilidade. Este é o tema do MT Sustentável desta semana.
O proprietário da fazenda, Fábio Mello, possui um rebanho de 2,1 mil cabeças e, há dez anos, ele decidiu criar a raça Senepol com foco no melhoramento genético. Atualmente, são 900 cabeças de gado, naturalmente musculoso e ideal para a produção de carne.
“Os animais são submetidos a uma prova alimentar. Durante 42 dias é medido o consumo de alimentos e o quanto isso se transforma em peso para cada animal”, frisa Fábio.
Esse método é chamado de Consumo Alimentar Residual – CAR do animal. Quanto menor o CAR, melhor o animal.
O que o Fábio produz e disponibiliza para o mercado, são touros e fêmeas que vão ajudar a melhorar a raça. Dessa forma, passam por uma rigorosa seleção. Ele explica que entre as ferramentas para o melhoramento genético, existe o centro de performance.
No centro os animais recebem um brinco de identificação, que também tem a função de um sensor. Quando eles se aproximam do cocho para se alimentarem, são reconhecidos pelo sistema. Cada cocho possui uma balança para registrar a quantidade de alimento que entra e sai.
Os bebedouros funcionam da mesma maneira. A diferença é que os animais passam pela pesagem toda vez que vão beber água. Ao final do período de teste, o sistema vai dizer a quantidade que cada animal comeu e quanto ele engordou.
MT possui o segundo centro de performance do país
De dois centros existentes no Brasil, que possuem essa performance para a raça Senepol, um deles se encontra no estado, segundo o Fábio que também é presidente da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos Senepol (ABCB Senepol).
“Já medimos mais de mil animais, isso inclusive contribuiu para que a raça pudesse ter em sua avaliação genética, pelo programa oficial geneplus embrapa, o consumo alimentar, como índice de avaliação genética. Hoje temos no país mais de 6 mil animais já avaliados, considerando 128 mil cabeças, que é o rebanho nacional”, pontua Fábio.
Juntamente com outros dados coletados, ele possui no computador todas as informações que o ajudam a direcionar o melhoramento da raça. Pelo sistema é possível fazer combinações para o acasalamento.
Pelo sistema é possível fazer combinações para o acasalamento e saber de antemão as características do futuro descendente. Tecnologia de precisão para uma pecuária cada vez mais sustentável.
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Fonte: canalrural