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Agronegócio

Os caminhos para tornar-se campeão nacional de produtividade de milho

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Tudo começou há 105 anos, quando o avô mudou-se para Selbach, no Rio Grande Sul, onde começou a produzir alimentos. Dali em diante, a paixão pela agricultura atravessou gerações na família de Valdir Jacoby, hoje responsável pela produção de milho, e soja na Fazenda São Sebastião.

Desde o início, ele lembra, o milho era tratado como “o grão de ouro”. “Como já tínhamos os animais, o cereal foi a base de tudo para sustentar a propriedade e, ainda, transformá-lo em alimento para o gado”, afirma.

Com o passar dos anos, a família foi crescendo e, com ela, novas culturas começaram a ser produzidas na fazenda. Jacoby diz que sempre foi incentivado pelo pai a buscar maneiras para melhorar a produtividade e, consequentemente, a produção. Entre os caminhos para isso, destaca o investimento na qualidade do solo, estabelecer metas e da química, física e biológica da terra.

Campeão nacional de produtividade no milho

Aos 57 anos de idade, continua colhendo os frutos do que aprendeu: tornou-se campeão nacional na produtividade de milho com o prêmio do Grupo Tático Para da Produtividade (Getap). Em uma safra marcada pelos efeitos de uma seca severa no Sul do país, colheu 303 de milho por hectare, em área irrigada.

Valdir Jacoby, à direita

O produtor rural Valdir Jacoby (à dir,). Foto: Canal Rural

O investimento em irrigação, aliás, foi uma decisão acertada, segundo o agricultor. “O milho está crescendo e, depois que instalei o sistema de irrigação, cresce ainda mais e diminui o risco que temos. Você acaba investindo porque o milho vem se tornando mais rentável”.

Cooperativismo

O pensamento é semelhante ao de Cristiano Sher, presidente da Cooperativa Tritícola Taperense Ltda. (Cotrisoja), da qual seu Valdir Jacoby é associado. “Esse é o papel da cooperativa: motivar os a ter melhores resultados e, além de alta produtividade, ter a rentabilidade na sua atividade. Quem imaginaria que um produtor pequeno em Selbach teria a maior produtividade a nível nacional”, diz.

Assim como o olhar constante na melhora das condições na propriedade para obter boas safras, o cooperativismo foi outro ensinamento que ele aprendeu com o pai. “Quando você é sócio da cooperativa, você é dono, tem parte. Eu trabalho 100% com a cooperativa e uso demais a assistência técnica. Eu produzo para a cooperativa, eles armazenam para nós, transformam em ração e aí a gente comercializa quando quer”, afirma Jacoby.

*Sob supervisão de Luiz Patroni

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