Neste domingo (18), às 12h, o mundo do futebol voltará seus olhos apenas para um evento. A Final da Copa do Mundo do Catar de 2022.
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O jogo disputado entre França e Argentina, é uma das finais mais esperadas de todos os tempos. Uma “batalha” entre Lionel Messi, sete vezes melhor jogador do mundo, e Kylian Mbappé, jovem estrela em ascensão e campeão da última Copa do Mundo disputada na Rússia, em 2018.
Você, leitor, deve estar se perguntado, mas o que essa final tem a ver com o agronegócio? Pois você sabia que muitos jogadores da Argentina têm origem em áreas rurais? E que a liga da França é chamada pelos campeonatos da Inglaterra e da Espanha, por exemplo de “liga de fazendeiros”?
Jogadores com origem rural na final da Copa do Mundo
Primeiramente, começando pelo técnico da equipe argentina: Lionel Scaloni nasceu na cidade de Pujato, em Santa Fé. A cidade fica bem no coração do núcleo agrícola argentino. Bem perto dali, em Rosário, cresceram duas das referências do time: o capitão e craque Lionel Messi e Angél Di María.
Já a poucas horas dali, na província de Córdoba, fica o pequeno povoado de Calchín, zona puramente agrícola. Ali — entre caminhões, colheitadeiras e lotes de milho e soja — cresceu e marcou seus primeiros gols Julián Alvarez, um dos destaques da Copa do Mundo do Catar. Outros jogadores do Córdoba são Cristian ‘Cuti’ Romero, Nahuel Molina e Paulo Dybala. Além disso, da cidade de Río Cuarto, capital nacional do milho, vem Pablo Aimar, ex-jogador e hoje principal assistente técnico de Scaloni.
Ligações com o agro em diferentes culturas
De Gualeguay, área de grande riqueza produtiva por sua pecuária e agricultura, é o zagueiro Lisandro Martínez. Vindo de Santa Rosa, La Pampa, terra de criação de gado, o meia Alexis Mac Allister conquistou a sua propriedade rural após muito esforço.
Outros jogadores presentes nesse mundo agrícola que completam à seleção da Argentina vêm da capital Buenos Aires. Germán Pezzella e Lautaro Martínez são de Bahía Blanca, polo agroindustrial e importante porto de saída de grãos.
Do mesmo modo, mas vindo De Mar del Plata, região de vinhedos, kiwis e grãos, é o goleiro titular da equipe, Emiliano “Dibu” Martínez. De La Plata, onde fica o cinturão hortícola que produz hortaliças para toda a cidade de Buenos Aires, são Gerónimo Rulli e Juan Foyth.
Por último, mas não menos importante, a seleção argentina conta com Ezequiel Palacios, de Tucumán, terra das laranjas e mandiocas, além de Marcos Acuña, de Neuquén, criado muito perto das principais plantações de maçã e pera, às portas da Patagônia.
Farmers League
Por outro lado, com os franceses, a relação com o agro é um pouco diferente.
Apesar de alguns jogadores também virem de áreas produtivas do agronegócio, é a Ligue 1, primeira divisão do Campeonato Francês de futebol, que se liga ao agro com um apelido peculiar. Em tom de brincadeira, as ligas da Inglaterra, Itália, Espanha e Alemanha chamam à competição de “Farmers League” — “liga de fazendeiros”, em tradução livre.
Isso se deve pelo fato da liga, onde grande parte dos jogadores da seleção francesa está, ser teoricamente mais fraca e menos disputada. Assim, ela seria jogada por agricultores após um longa semana de trabalho, durante o fim de semana, como forma de diversão e não como esporte profissional.
Contudo, a Ligue 1 não é tão fraca assim, visto que só no time campeão da última edição, jogam dois dos principais protagonistas do jogo deste domingo. Lionel Messi e Kilyan Mbappé, ambos no Paris Saint Germain, que também conta com o brasileiro Neymar.
Assim, a “liga dos fazendeiros” se prova a cada dia mais como uma liga forte e bem estabelecida no cenário mundial, revelando os principais craques da seleção francesa.
Por fim, confira mais dessas semelhanças entre agro e futebol na página do Agro em Campo, projeto do Canal Rural.
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*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo.
Fonte: canalrural