O estoque de produtos agrícolas no Brasil totalizou 65,5 milhões de toneladas ao fim do primeiro semestre de 2022, segundo a Pesquisa de Estoques divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo período de 2021, houve alta de 10,5%.
Houve quedas nos estoques de soja (-4,0%), trigo (-5,7%), arroz (-6,4%) e café (-19,6%) no primeiro semestre de 2021 em relação ao primeiro semestre de 2021.
Por outro lado, o estoque de milho cresceu 69,1%.
Esses produtos somam 95,8% do total estocado entre os produtos monitorados pela pesquisa, enquanto que os 4,2% restantes são compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e sementes.
Os estoques de soja somaram o maior volume, 35,3 milhões de toneladas, seguidos pelo milho (19,3 milhões), arroz (5,1 milhões), trigo (2,3 milhões) e café (0,8 milhão).
A capacidade útil disponível no Brasil para armazenamento agrícola foi de 188,8 milhões de toneladas em estabelecimentos ativos no primeiro semestre de 2022, 3,0% maior do que o resultado do semestre anterior.
O número de estabelecimentos ativos foi de 8,378 mil locais, um acréscimo de 2,2% ante o segundo semestre de 2021.
Houve aumento no número de estabelecimentos nas regiões Norte (15,1%), Centro-Oeste (5,1%) e Sul (0,7%), enquanto houve perdas no Sudeste (-0,1%) e Nordeste (-1,0%).
O Rio Grande do Sul possui o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.183), seguido do Mato Grosso (1.416) e Paraná (1.343). Mato Grosso tem a maior capacidade de armazenagem do País, com 46,9 milhões de toneladas.
Quanto à capacidade útil armazenável, os silos somaram 96,1 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2022, o que representa 50,9% da capacidade útil total.
Os armazéns graneleiros e granelizados atingiram 70,0 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, 37,1% de toda a armazenagem nacional, e os armazéns convencionais, estruturais e infláveis somaram 22,6 milhões de toneladas, uma fatia de 12,0% da capacidade total do País.
O IBGE alertou que a pesquisa deixou de coletar, excepcionalmente, informações de 305 estabelecimentos localizados em Mato Grosso “devido a dificuldades operacionais”.
“Seus volumes estocados de milho e soja foram imputados com base no volume armazenado desses produtos no 1º semestre de 2021. A soma do volume estocado de milho nesses estabelecimentos representou 810,9 mil toneladas, 8,3% do volume total armazenado no estado. No caso da soja, a soma do volume estocado nesses estabelecimentos representou 382,1 mil toneladas, 12,3% do volume total armazenado no estado. Como as safras de milho e soja não apresentaram grandes diferenças nos últimos dois anos, foi utilizado o mesmo valor estocado em 2021 para 2022. Espera-se coletar os dados destes estabelecimentos na próxima edição”, frisou o instituto, em nota.
Fonte: canalrural