Até dezembro a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) espera coletar 1,2 milhão de sementes de diferentes espécies para a produção de mudas nativas. As sementes são multiplicadas em viveiro e utilizadas para reflorestar áreas degradadas e matas ciliares.
As sementes são coletadas durante todo o ano em árvores localizadas no centro urbano de Cuiabá, além de em municípios do Vale do Rio Cuiabá.
Segundo o coordenador do Viveiro de Mudas de Espécies Nativas e Frutíferas da Empaer, Roberto Arcanjo Ferreira, os meses de setembro e outubro são considerados os melhores para a coleta de sementes, devido à floração das árvores.
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Ferreira explica que o sistema de coleta é realizado pela Empaer desde a criação do viveiro no ano de 2002.
“Cada árvore tem um tipo de coleta a ser feita. Para colher determinadas sementes, é necessário colocar um pano embaixo da árvore para apoiar as sementes. Em seguida, é feita a limpeza para retirar as cascas. Após todo esse processo, elas são plantadas”, diz.
Mais de 100 mil mudas repassadas para produtores ao ano
O Viveiro de Mudas de Espécies Nativas e Frutíferas da Empaer está localizado em Várzea Grande. Anualmente mais de 100 mil mudas de espécies nativas e frutíferas são repassadas para produtores rurais.
O viveiro possui uma área de 18 mil metros quadrados, onde são multiplicadas 40 espécies diferentes de plantas.
As espécies mais cultivadas e procuradas pelos produtores mato-grossenses são ipê (roxo, amarelo, rosa e branco), ingá, mutamba, chico magro, moringa, cumbaru, tarumã, jatobá, cagaita, pitomba, caju, manga e goiaba.
Produtores são orientados sobre preservação e cuidados
Mensalmente 30 produtores são atendidos pela Empaer. Preservação da mata ciliar, bem como cuidados na produção e escolha correta de muda ou semente para preparo da terra, plantio, irrigação e evolução da planta são algumas das orientações repassadas aos produtores.
No caso de produtores da Baixada Cuiabana, explica Ferreira, ainda são passadas orientações sobre o perigo das plantas exóticas, como nim indiano e oiti, entre outras, que não podem ser plantadas nas margens dos rios.
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Fonte: canalrural