O dólar caiu quase 2,6% nesta segunda-feira (31) e registrou a menor cotação para encerramento em dez dias.
A moeda reflete o apaziguamento da situação política doméstica, com a definição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o próximo chefe do executivo.
O dólar comercial caiu 2,6%, cotado a R$ 5,1690 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em novembro de 2022 recuava 0,85%, cotado a R$ 5.256,50.
Para a economista chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “o mercado está reagindo melhor que o esperado. Por mais que seja cedo, parece que o investidor está dando o benefício da dúvida. Mas ainda deve ocorrer volatilidade durante as próximas semanas”.
Abdelmalack acredita que esta volatilidade deve perder intensidade com o anúncio da equipe econômica de Lula, que terá como desafios a definição de um novo arcabouço fiscal e a aprovação do Orçamento de 2023.
Segundo o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “o mercado começou a aceitar a notícia, se acomodar. Provavelmente o Henrique Meirelles será o próximo ministro da Fazenda, o que deve agradar a todos. O dólar deve chegar em R$ 5,10 ao longo da semana”.
De acordo com o analista da Ouro Preto Investimentos Bruno Komura, “o mercado não está reagindo mal, mas tem bastante estrangeiro entrando e ajudando o dólar. O investidor local ainda vai continuar leve, não deve se posicionar até que a equipe econômica esteja definida”.
Komura entende que o fechamento da Ptax (taxa de câmbio utilizada, divulgada pelo Banco Central, que é utilizada como referência para o mercado), que ocorre hoje, deve gerar volatilidade ao longo da sessão.
Ibovespa
O Ibovespa fechou no azul nesta segunda-feira.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,28%, a 116.004,79 pontos, de acordo com dados preliminares, após sessão volátil, em que chegou a 112.113,34 pontos na mínima (-2,12%) e 116.763,47 pontos na máxima do dia (+1,94%). O volume financeiro somava 43,5 bilhões de reais.
Com tal resultado, o Ibovespa acumulou uma alta de 5,42% em outubro, mês marcado por forte volatilidade por causa do processo eleitoral, além de expectativas relacionadas aos movimentos do banco central norte-americano para a taxa de juros dos Estados Unidos.
Fonte: canalrural