Agricultores mato-grossenses dão bom bom exemplo e mostram que é possível garantir boa produtividade nas lavouras sem prejudicar o meio ambiente. Um estudo realizado pelo projeto Guardião da Águas, iniciativa criada em 2017 pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) em parceria com o Instituto Ação Verde, mostra que 95% das nascentes dentro de áreas rurais são conservadas e preservadas.
A preservação das nascentes em propriedades produtoras é o tema do Patrulheiro Agro desta semana.
Na fazenda Cereal Ouro, em Diamantino, 2.500 hectares da área total são agricultáveis entre milho, soja e algodão. Desse total, cerca de 35% do território estão totalmente preservados.
O gerente técnico de produção da propriedade, Alceu Cavalheiro, comenta que devido a preservação do local, mesmo com a estiagem as nascentes continuam intactas.
“Você vê que tem água brotando para tudo quanto é lado, produzindo água, e água de qualidade que dá para beber. Nunca foi mexido aqui, então, vamos preservar do jeito que está. Não existe bem maior que a água. A consequência é produzir mais em um espaço menor”, afirma.
Ao todo, o estudo mapeou nascentes de 57 municípios produtivos do estado onde identificaram 105.185 mil nascedouros de água.
De acordo com a Gerente de Sustentabilidade da Aprosoja-MT, Marlene Lima, a porcentagem de conservação é expressiva e os resultados demonstram que realmente, é possível fazer agricultura com sustentabilidade.
“Com a preservação e o alto índice de produtividade, nós temos municípios que têm 99% de vegetação preservada em torno das nascentes”, pontua.
Diamantino preserva 98% das nascentes nas áreas rurais da região
Em Diamantino, centro-sul do estado, 98% das nascentes são preservadas dentro das propriedades rurais. O presidente do Sindicato Rural da região, Altemar Kroling, explica que o produtor conserva as APPs e as reservas legais.
Em Paranatinga, ao sudeste de Mato Grosso, o número de nascentes conservadas chega a mais de 12 mil. Na Fazenda Sombra da Mata, do agricultor Idinei Weber, foram localizadas quatro.
De acordo com o Weber, pouco mais de 700 hectares da propriedade que protegem as nascentes estão totalmente preservados. Nesta safra foram cultivados 2.040 hectares de soja nas áreas de agricultura.
“Isso vem de uma geração lá de trás. Meus avós já faziam isso, aí veio para o meu pai e eu falo para meus filhos que tem que ser assim. Uma natureza dessa, só procria, só se cria. A porteira da fazenda está aberta, para quem quiser vir olhar e apreciar uma água dessa limpinha muito boa”, finaliza.
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Fonte: canalrural