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Agronegócio

Chuvas irregulares prejudicam safra de soja e ameaçam produção de algodão em Mato Grosso

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A oferta de chuvas segue regrada e bem pontual em algumas regiões produtoras de Mato Grosso neste início da semeadura de soja. A condição têm levado muitos agricultores a escalonar os trabalhos de campo, provocando atrasos, transtornos e apreensão quanto à janela da segunda safra. Em Jaciara, já tem propriedade com cronograma para cultivo do algodão segunda safra comprometido.

A irregularidade das chuvas em Mato Grosso neste início de safra 2023/24 é o assunto do episódio 106 do Patrulheiro Agro.

O agricultor Jorge Piccinin Filho planta soja nos municípios de Jaciara, Campo Verde e Primavera do Leste. Segundo ele, nesta safra devem ser cultivados cerca de cinco mil hectares ao todo.

Jorge comenta que na região de Jaciara e Primavera do Leste o plantio da soja está em andamento, contudo em Campo Verde, diante da irregularidade das chuvas, ainda não começou.

“Na região de Campo Verde tem 15 milímetros acumulado. Então, está bem manchado. Tem regiões que está muito seco. Estamos aguardando as previsões para ver se chove mesmo, porque não dá para arriscar”.

Plantio de soja Foto: Pedro Silvestre/Dia de Ajudar Mato GrossoPlantio de soja Foto: Pedro Silvestre/Dia de Ajudar Mato Grosso
Foto: Pedro Silvestre/Dia de Ajudar Mato Grosso

Agricultores afirmam que é preciso cautela

Na safra passada, de acordo com Jean Fritsch, os trabalhos de plantio da soja tiveram início no dia 17 de setembro. Já na atual temporada no dia 29. A expectativa dele é semear 2,3 mil hectares de soja na safra 2022/23.

“A ideia é não parar, mas tem que ser cauteloso em um ano de commoditie um pouco recuada e custos elevados. Então, temos que ser mais cautelosos. Estamos começando os trabalhos um pouco fora do esperado. Provavelmente essa safra não vou plantar algodão por causa da janela que atrasou um pouco”.

Expectativa pela manutenção de umidade no solo

Quem está com o plantio da soja mais atrasado também segue apreensivo com a irregularidade das chuvas. A torcida dos sojicultores é pela manutenção da umidade do solo para garantir o bom desempenho das plantas germinadas no campo.

Murilo de Gasperi Fritsch comenta ter iniciado o plantio da soja no dia 15 de setembro. Ele revela, inclusive, ser a primeira vez na história que dão o start dos trabalhos de plantio “cedo assim”.

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Foto: Pedro Silvestre/Dia de Ajudar Mato Grosso

“Sempre começava depois do dia 25, nos primeiros dias de outubro. Esse ano está sendo mais animador, principalmente para a safrinha, tanto do algodão como do milho, dentro de uma janela boa de chuva. Não vai entrar na seca lá em maio, junho. Quando começar a seca o algodão e o milho já vão estar bem desenvolvido”.

Com o solo úmido, Murilo conseguiu plantar mais da metade dos 3,7 mil hectares de soja programados para esta temporada.

O vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Beber, frisa que a safra poderá ser de chuvas mais espaçadas e com volumes pluviométricos menores, a exemplo do que ocorreu em 2016.

“A gente fica na expectativa. Sabe que nesses anos o controle de pragas acaba sendo mais difícil, a eficiência de herbicidas e inseticidas também. Então, a gente tem essa preocupação. É claro que o tempo a gente não controla, mas como produtor a gente tem que aproveitar as oportunidades e semear”.

+Confira todos os episódios da série Patrulheiro Agro


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Fonte: canalrural

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