O Brasil apresentou a candidatura de Thelma Krug à presidência do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) para o mandato durante o 7º ciclo de avaliação do Painel, de 2023 a 2028.
O IPCC é responsável por avaliar a ciência relacionada à mudança do clima e sua criação em 1988 foi determinante para alertar sobre as implicações e riscos associados ao fenômeno.
Segundo o governo, a candidatura de uma cientista de renome reflete a prioridade do Brasil nos esforços globais para combater a mudança do clima, tanto em adaptação quanto em mitigação.
Thelma Krug é graduada em matemática pela Roosevelt University, em Chicago, nos EUA, e doutorada em estatística espacial pela University of Sheffield, na Inglaterra.
Ela tem vasta experiência nos temas de mudança do clima e foi secretária no Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), de 2001 a 2003, e no Ministério do Meio Ambiente (MMA), de 2007 a 2008, onde também ocupou o cargo de diretora, de 2016 a 2017.
No IPCC, co-presidiu, por dois ciclos de avaliação (2002 a 2015), a Força Tarefa sobre Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa e ocupa, desde 2015, uma das três vice-presidências do Painel.
Caso seja eleita, Thelma Krug será a primeira mulher a presidir o IPCC. Também seria a primeira vez que representante da América Latina ocuparia a presidência do órgão.
As eleições ocorrerão na 59ª Sessão Plenária do IPCC, a ser realizada em Nairóbi, Quênia, de 24 a 28 de julho de 2023. Além da presidência, as demais 33 vagas do Bureau do IPCC também serão preenchidas nesse pleito. A candidatura da Dra. Thelma Krug reflete o compromisso do Brasil em liderar esforços globais para combater a mudança do clima e fortalecer o papel da ciência na busca por soluções eficazes e sustentáveis para este desafio global.
Fonte: canalrural