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Agronegócio

Boas práticas de manejo favorecem atividade microbiana do solo

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A adoção de boas práticas de manejo, favorece a atividade microbiana, melhorando as condições do . É o que apontam os resultados preliminares do subprojeto “Indicadores microbiológicos do solo sob plantio direto, associado a outras práticas conservacionistas na região Centro-Sul do Paraná”.

Conduzido em Guarapuava, o estudo faz parte da Rede Paranaense de AgroPesquisa e Formação Aplicada (Rede AgroParaná) – uma parceria entre o SENAR-PR, Fundação Araucária e Secretária de Estado de da Ciência, Tecnologia e Ensino (Seti).

Desde abril de 2019, o estudo vem comparando indicadores microbiológicos de três áreas – chamadas megaparcelas –, conduzidas de formas diferentes: a primeira cultivada com técnica do Sistema de Plantio Direto (SPD) padrão; a segunda, administrada com boas práticas de manejo e cultivo de nível, com plantas de cobertura outonais (como nabo forrageiro, aveia e ervilhaca); e a terceira, com terraceamento em nível e manejo semelhante à da primeira megaparcela.

Então, a partir da coleta de amostras do solo – na camada de 0 a 10 centímetros –, os pesquisadores monitoraram parâmetros microbiológicos. Alguns desses aspectos são a respiração basal, carbono e nitrogênio da biomassa bacteriana, esporos de fungos micorrízicos arbusculares e atividades enzimáticas do solo.

“Foram feitas coletas de amostras de solo duas vezes ano em cada megaparcela, sempre na parte mais superficial do solo, onde há mais atividade de microrganismos. Essas amostras foram avaliadas em laboratório, observando diversos parâmetros, de acordo com metodologias padronizadas, utilizadas por toda Rede AgroParaná”, explica a coordenadora do subprojeto e professora da Unicentro, Adriana Knobb.

Solo mais produtivo

solo

De acordo com os dados preliminares, a segunda megaparcela – administrada com boas práticas de manejo – tem registrado melhores resultados no que diz respeito a atividade microbiana.

Ademais, ela também apresentou parâmetros que indicam aumento dos ganhos líquidos no conteúdo de carbono orgânico no solo. Ainda mais, trocando em miúdos, as boas práticas contribuem para um solo de melhor qualidade, o que favorece a produtividade.

“Esse solo tem maior aporte de carbono e maior incorporação de resíduos vegetais. Essa incorporação favorece a atividade de microrganismos e melhora as condições do solo”, resume a coordenadora do estudo.

Como resultado, as parciais obtidas pelo estudo também apontam que a terceira megaparcela (mantida com terraceamento) vem obtendo melhor desempenho em relação à área cultivada com plantio direto padrão.

“Foram verificadas diferenças significativas em relação aos atributos respirometria, quociente metabólico, número de esporos micorrízicos e fosfatase ácida. Os resultados apontam que a adoção de terraços tem promovido uma melhoria na qualidade do solo”, observa Knobb.

Nesse sentido, a coordenadora do subprojeto, destaca que a atividade microbiana é mais eficaz em captar com antecedência alterações provocadas no solo. A captação é feita por técnicas de manejo ou por uso. Isso porque os microrganismos refletem mais rapidamente as mudanças ocorridas, em comparação a indicadores químicos e físicos.

“Por sua atividade, os microrganismos são indicadores que respondem mais ativamente ao que está acontecendo. Só depois que há a alteração da captação  por indicadores físicos e químicos”, explica a professora.

Ampliação dos estudos

Além disso, outro ponto importante é que o subprojeto vem sendo conduzido de forma integrada a outros estudos microbiológicos. Estes estão sendo desenvolvidos em outras regiões, dentro da Rede AgroParaná.

“Esses resultados podem ajudar na tomada de decisões a respeito dos processos produtivos, ajudando os produtores a definirem manejo e uso do solo. Tudo isso contribui para o desenvolvimento do setor agropecuário do Estado”, diz Knobb.

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