Durante a reunião, a Aprosoja MT buscou entender qual será a postura das empresas diante da nova legislação e alertou que estará vigilante quanto ao seu cumprimento. A entidade foi clara: não medirá esforços para acionar todas as instâncias legais necessárias para garantir a aplicação integral da lei, frisando que não descarta adotar outras medidas até que o equilíbrio nas relações comerciais seja restabelecido.
A Abiove voltou a sugerir que a vedação da aquisição de soja se restringisse aos polígonos das áreas convertidas legalmente para a agricultura após 2008 — proposta prontamente rejeitada pela Aprosoja MT. A entidade argumentou que, em Mato Grosso, o credenciamento de contribuintes é baseado na inscrição estadual. Assim, as empresas podem segmentar operações para atender clientes com demandas específicas e transferir a estes o custo da rastreabilidade.
A Aprosoja MT lembrou que exigências específicas de compradores, via de regra, não podem vir desacompanhadas de benefícios claros e objetivos para as populações afetadas, especialmente produtores e cidadãos dos municípios do bioma Amazônia. A mensagem final da entidade foi sucinta: cabe às empresas se adaptar à nova realidade normativa ou enfrentar a competição com empresas submetidas a cargas tributárias distintas — uma questão de fazer contas.
A Aprosoja MT se mantém aberta ao diálogo e disposta a colaborar na construção de um ambiente comercial mais justo e sustentável, mas com a certeza de que a aplicação da lei não é negociável.
Fonte: leiagora