Segurança alimentar sempre esteve no radar do agronegócio brasileiro, mas qual o impacto de políticas públicas eficientes?
Esse foi um dos temas discutidos hoje em um painel durante a Agroleite, que acontece até sábado (20) em Castro, no Paraná.
Com a participação de renomados especialistas, a questão foi abordada durante a edição internacional do painel do agro, evento realizado dentro da programação da 22ª Agroleite.
Para o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, que mediou o painel, o momento é importante para esta provocação.
Na visão de Ferreira, o painel serviu para mostrar que, quando em excesso, a regulação impacta negativamente o trabalho de produção rural. Dessa forma, o momento para a realização do debate foi “muito pertinente” — ainda mais diante das presenças de um europeu, que acompanha de perto a guerra entre Rússia e Ucrânia, e um argentino, que enfrenta problemas como inflação e problemas de escassez de diesel.
“Defendemos o mercado livre, aberto e concorrencial” — Giovani Ferreira
“Trouxemos [para o evento] situações de alerta sobre o que está acontecendo nesses países, nesses continentes, para que o Brasil não incorra no mesmo erro”, disse Ferreira. “Nós defendemos o mercado livre, aberto e concorrencial, mas o Estado é o regulatório, é a política pública. Por isso, a gente teve essa discussão para que a gente possa contribuir com uma agência positiva nesse sentido”, prosseguiu.
Além das discussões em torno de parcerias comerciais, novas tecnologias, custos de produção, o cenário das políticas públicas no mercado estrangeiro ganhou destaque durante a apresentação.
A principal narrativa foi o excesso de regulação e os riscos que isso gera no futuro do abastecimento mundial.
Para o analista do Canal Rural Miguel Daoud, que foi um palestrantes, o Brasil hoje é o país que tem as melhores condições de atender a demanda mundial por alimentos, mas os entraves precisam ser derrubados.