A suspeita de fraudes em contratos da Empresa Cuiabana de Saúde Pública levou a Polícia Civil de Mato Grosso a deflagrar, nesta sexta-feira (1º), a segunda fase da Operação Athena.
A ação, conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), teve como foco a execução de 11 medidas judiciais, entre elas cinco mandados de busca e apreensão e o bloqueio de bens e valores que somam quase R$ 4 milhões.
De acordo com as investigações, o esquema teria operado entre 2022 e 2024, envolvendo a contratação de empresas de fachada e a atuação de servidores públicos.
Entre os novos alvos estão três ex-funcionários da Empresa Cuiabana, incluindo o então diretor administrativo e financeiro, apontados como integrantes do núcleo operacional do grupo.
Uma das empresas investigadas nesta nova fase é a NS Picinatto, registrada em nome da esposa do proprietário da Lume Divinum — considerada pela Deccor como a principal beneficiária das contratações sob suspeita.
A NS teria sido criada após a deflagração da primeira fase da operação, com indícios de que tenha assumido funções semelhantes às da empresa anterior, mantendo os vínculos com o poder público.
O Primeira Página tenta localizar a defesa das empresas citadas para acrescentar á reportagem.
Além da apreensão de documentos e equipamentos eletrônicos, o Judiciário determinou o sequestro de bens móveis e imóveis e impôs medidas cautelares diversas da prisão.
Os investigados estão proibidos de manter contato entre si, de acessar instalações ligadas à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá e de deixar a Comarca sem autorização judicial. Todos devem entregar seus passaportes.
O material apreendido nesta fase será analisado para aprofundar as apurações sobre o possível desvio de recursos públicos. As diligências seguem em andamento e visam identificar a participação de outros envolvidos e o montante total de prejuízo ao erário.
Fonte: primeirapagina