O presidente do Tribunal de Justiça (TJMT), o desembargador José Zuquim Nogueira, admitiu durante a sua posse que a suspeita de vendas de sentenças em torno da assassinato do advogado Roberto Zampieri “mancham” a credibilidade da Corte do Judiciário. No entanto, Zuquim acentuou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão sensor da instituição, está investigando o caso.
O magistrado acredita que seria “ilógico” e “incoerente” fazer julgamentos precipitados.
Em agosto deste ano, a Corregedoria Nacional de Justiça impôs o afastamento cautelar imediato das funções dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho. Além disso, o corregedor Nacional, ministro Luis Felipe Salomão, também determinou a quebra do sigilo bancário e do fiscal dos investigados.
“O CNJ está tomando as providências, está investigando. Hoje mesmo teve matéria, está sendo investigado e temos que deixar isso por conta do CNJ”, opinou o presidente recém-empossado.
“Temos o olheiro que é o CNJ, esse é o nosso órgão sensor. Agora que isso prejudica a credibilidade da instituição, prejudica. Mas não vamos fazer julgamento precipitado. Vamos aguardar que o CNJ apure. Qualquer julgamento precipitado seria ilógico e incoerente da minha parte”, contou Zuquim em tom de ponderação.
Zuquim venceu o desembargador Gilberto Giraldelli por apenas um voto de diferença. Com quase 40 anos de experiência no Judiciário, é natural de Guaíra (SP) iniciou sua carreira na magistratura em 1985, atuando inicialmente em Porto dos Gaúchos e depois se estabelecendo em Rondonópolis.
Durante seu mandato no biênio 2025-2026, Zuquim terá a responsabilidade de gerir um orçamento de aproximadamente R$ 1,8 bilhão e coordenar o trabalho de 325 magistrados, incluindo 39 desembargadores, 252 juízes e 34 juízes substitutos. A posse da nova diretoria está marcada para o dia 1º de janeiro de 2025.
Fonte: hnt