Conteúdo/ODOC – A Prefeitura de Cuiabá divulgou um relatório dos primeiros 15 dias após retomar o controle do Sistema Único de Saúde (SUS), na manhã desta quinta-feira (1). As informações indicam carência de médicos e medicamentos, além de uma estimativa de dívida adicional superior a R$ 100 milhões.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Deiver Teixeira, algumas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e policlínicas estão enfrentando a falta de profissionais médicos, sendo a situação mais crítica com a escassez de seis médicos necessários.
Outras unidades básicas enfrentam falta de medicamentos ou preveem estoques abaixo de 60 dias, embora não tenham sido especificados os tipos de remédios e insumos em falta. “Quando nós [re]assumimos não havia situação adequada de medicamentos, várias unidades tinham falta. Algumas unidades também foram entregues sem médicos: Água Sul, Jockey Club, São Gonçalo, Clínica da Família, Parque Cuiabá e Dom Aquino já estavam com déficit de 6 médicos”, disse o secretário
A nova dívida de mais de R$ 100 milhões, segundo a prefeitura, foi calculada com base na projeção do dinheiro que o governo do Estado teria repassado à Secretaria de Saúde de Cuiabá durante a intervenção, valor que não foi incluído no orçamento deste ano.
O prefeito Emanuel Pinheiro comentou sobre a situação: “Em 9 meses e meio, o governo repassou mais de R$ 100 milhões ao gabinete, isso soma mais do que foi repassado ao município nos meus 7 anos de mandato, então esse dinheiro não vai ser repassado de novo. E o gabinete fez o favor de gastar mais do que recebia. A dívida que ele deixou está acima dos R$ 100 milhões”, disse.
Em resposta, o Gabinete de Intervenção emitiu uma nota alegando que os números de atendimentos médicos, ambulatoriais e de UTIs aumentaram devido ao Hospital São Benedito estar praticamente fechado antes da intervenção assumir a saúde da capital. O Gabinete acusa o prefeito de criar uma cortina de fumaça para encobrir o caos em sua gestão.
Fonte: odocumento