Conteúdo/ODOC – O Tribunal do Júri, responsável por julgar Edgar Ricardo de Oliveira, envolvido na chacina de Sinop que resultou na morte de sete pessoas, incluindo uma menina de 12 anos, foi remarcado para o dia 5 de novembro deste ano, às 8h30. A decisão foi tomada pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista após um pedido da Defensoria Pública, que assumiu a defesa de Edgar após a renúncia do advogado Marcos Vinícius Borges.
A decisão foi proferida na última sexta-feira (14). O requerimento para o adiamento foi feito na quinta-feira (13), logo após Marcos Vinícius Borges renunciar à defesa no dia 3 de junho.
O defensor público Ricardo Bosquei destacou que o prazo para preparar a defesa de Edgar no Tribunal do Júri era muito curto, com apenas 13 dias disponíveis antes do julgamento, sendo que apenas 8 eram dias úteis. Durante esse período, Bosquei ainda precisaria atender outras audiências, cumprir diversos prazos processuais e prestar assistência a outros presos sob sua responsabilidade.
Bosquei também ressaltou a complexidade do caso, que envolve múltiplas testemunhas, perícias detalhadas e uma grande repercussão social, o que exigiria um tempo maior para a preparação da defesa. Ele argumentou que manter a data inicial do julgamento poderia prejudicar o acusado, já que a Defensoria ainda não tinha tido a oportunidade de entrevistar Edgar ou estudar detalhadamente o processo.
Diante dessas circunstâncias, o magistrado Anderson Clayton Dias Batista, atuando na 1ª Vara Criminal de Sinop, atendeu ao pedido da Defensoria e reagendou o júri para novembro.
A chacina, que chocou o País, ocorreu em 21 de fevereiro de 2023, em um bar de sinuca em Sinop. Segundo o Ministério Público, o crime foi motivado por uma derrota no bilhar. Edgar Oliveira, junto com Ezequias Ribeiro, apostou cerca de R$ 4 mil e perdeu. Na parte da tarde, Edgar retornou ao estabelecimento com Ezequias e desafiou uma das vítimas para novas partidas de sinuca, apostando dinheiro novamente, e perdeu outra vez.
Após a segunda derrota, Edgar jogou o taco sobre a mesa e deu uma ordem a Ezequias, que imediatamente sacou uma arma de fogo, rendendo as vítimas e encurralando-as na parede do bar. Sete pessoas foram mortas. Ezequias foi morto em confronto com a polícia posteriormente.
Fonte: odocumento