Yulia Navalnaya, mulher do principal crítico do presidente russo Vladimir Putin, Alexei Navalny, discursou na 60ª Conferência de Munique, que se iniciou nesta sexta-feira, 16. O ativista morreu na prisão de segurança máxima de Kharp, na Sibéria, também nesta sexta.
Yulia convidou a comunidade global a “se unir e derrotar esse regime horrível que controla a Rússia”. “Não podemos acreditar em Putin e no seu governo”, disse a viúva de Navalny. “Eles mentem constantemente.”
“Mas se for verdade, se isso for verdade, quero que Putin e todos ao seu redor saibam que serão responsabilizados por tudo o que fizeram ao nosso país, à minha família e ao meu marido”, expressou Yulia. “Esse dia chegará muito em breve.”
Yulia Navalnaya considered traveling back to her family. Instead, she addressed the global community at #MSC2024.
“I thought about what Alexey would have done. If it is the truth, I’d like Putin to know that he will be brought to justice soon.”#Navalny pic.twitter.com/2HOtaPuaB7
— Munich Security Conference (@MunSecConf) February 16, 2024
A Justiça da Rússia condenou Navalny, líder da oposição a Putin, em agosto de 2023, a 19 anos de prisão. Conforme a acusação, ele teria criado uma comunidade extremista e financiado atividades de mesmo cunho político.
De acordo com o jornal russo , que diz ter recebido informações do serviço penitenciário da Rússia, “o preso Navalny sentiu-se mal depois de uma caminhada e quase imediatamente perdeu a consciência na colônia correcional nº 3”.
Em seu site oficial, o serviço penitenciário afirmou que uma equipe médica da instituição chegou imediatamente ao local. A equipe também chamou outro grupo de emergência.
“Todas as medidas de reanimação necessárias foram realizadas, mas não produziram resultados positivos”, informa a reportagem do The Moscow Times. “Médicos de emergência confirmaram a morte do condenado. As causas da morte estão sendo estabelecidas.”
O porta-voz da presidência da Rússia, Dmitry Peskov,
Navalny acusou Putin de ordenar seu envenenamento, em 2020. Apesar de especulações sobre a possível causa da morte do líder opositor na prisão, Peskov afirmou que o Kremlin não tem informações sobre o episódio. “Os médicos têm de esclarecer”, afirmou.
O porta-voz disse apenas que a agência penitenciária ficará responsável pelas investigações necessárias para este caso. “Há um conjunto de regras que eles seguem”, comentou.
