Depois de enfrentar um motim promovido pelo grupo mercenário Wagner durante o fim de semana, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que enviará equipamentos bélicos, como tanques e outros blindados, para a Guarda Nacional da Rússia. A força é composta de cerca de 340 mil homens e foi criada pelo próprio presidente para lidar com questões de segurança interna e fronteiriça.
A Guarda Nacional não responde ao Ministério da Defesa russo, mas, sim, a Putin. Fazendo dela uma espécie de guarda privada, mas que organizou uma coluna armada contra os mercenários de Yevgeny Prigozhin.
O comandante da “força pessoal” de Putin, Viktor Zolotov, afirmou nesta terça-feira, 27, que, a partir de agora, a Guarda Nacional terá blindados e artilharia pesada de longo alcance.
Chefe do grupo Wagner diz que não queria dar um golpe contra Putin
Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo mercenário russo Wagner, disse que nunca teve a intenção de derrubar o governo do presidente Vladimir Putin. A afirmação foi feita na segunda-feira 26.
Prigozhin divulgou um áudio de 11 minutos em um canal do Telegram. Na mensagem, ele afirmar ter iniciado a marcha em resposta aos planos do Ministério da Defesa russo para evitar a extinção do Wagner, em julho, e forçar a responsabilização dos comandantes que prejudicaram a campanha militar da Rússia na Ucrânia.
No áudio, Prigozhin insistiu em que o objetivo da marcha a Moscou não era “um golpe militar”, mas “uma marcha por justiça”.
“O objetivo da marcha era evitar a destruição do grupo Wagner e chamar atenção dos funcionários que, por meio de suas ações não profissionais, cometeram um grande número de erros”, disse Prigozhin. “Não estamos marchando para derrubar a liderança da Rússia.”
Fonte: revistaoeste