A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) pediu à Petrobras a realização de uma investigação profunda em contratos assinados pela estatal entre os anos de 2016 e 2022 — período entre o impeachment de Dilma Rousseff e o fim do governo Jair Bolsonaro.
Os Petroleiros citam, como exemplo, a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) para o grupo árabe Mubadala Capital, de Abu Dhabi, dos Emirados Árabes Unidos. De acordo com a Federação, a negociação aconteceu um mês depois da chegada de Bolsonaro ao Brasil, vindo da Arábia Saudita. Desta maneira, segundo eles, a venda é qualificada como “” pela FNP.
A categoria pede também as investigações das vendas de ativos. São citadas as vendas da Petroquímica Suape, em Pernambuco, da BR Distribuidora, Transportadora Associada de Gás (TAG) e da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) como contratos que deveriam ser apurados.
Investigação internacional da Petrobras
O Departamento de Justiça dos EUA denunciou, em 17 de fevereiro, dois comerciantes de combustíveis por participação em esquema de propina a executivos da estatal brasileira.
Segundo o FBI, o norte-americano Glenn Otzemel e o ítalo-brasileiro Eduardo Innecco são acusados de violar a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA). De 2010 a 2018, a dupla teria favorecido duas empresas sediadas no estado de Connecticut em contratos com a petroleira por meio de pagamentos ilícitos a executivos da estatal.
A autoridade norte-americana não divulgou os nomes das empresas beneficiadas pelo esquema. Entretanto, uma apuração feita pela Reuters informou que Otzemel trabalhava para a Freepoint Commodities, com sede em Stamford, Connecticut. Innecco também chegou a realizar consultoria para a mesma empresa.
Ainda de acordo com a agência, a Polícia Federal investiga funcionários do alto escalão da Freepoint por acusação de propina a executivos da Petrobras desde 2021.
Fonte: revistaoeste