Falando na Conferência Anual do Santander, Campos Neto destacou que o BC tem tentado adotar em sua comunicação a mensagem de que os juros ainda precisam ser restritivos, e voltou a dizer que o trabalho monetário poderia ser feito com mais facilidade se o Brasil conseguisse uma maior “ancoragem” na parte fiscal.
O presidente do BC alertou que o país tem uma dívida bruta maior e tem gastos maiores que vários de seus pares, de forma que a dívida tende a crescer mais num cenário de juros restritivos. Além disso, ele afirmou que o crescimento de longo prazo do Brasil é “preocupante”.
Por outro lado, Campos Neto ponderou que o país tem conseguido trazer a inflação para baixo, fazendo isso com um impacto no crédito bem menor do que o de outros países.
Após sinais convincentes de que a alta dos preços ao consumidor está esfriando, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu no início deste mês cortar a Selic em 0,50 ponto percentual, a 13,25% ao ano, indicando que fará novos cortes na mesma magnitude nos próximos meses.
Na semana passada, Campos Neto disse que a barra estabelecida pelo Banco Central para fazer algo diferente de cortes de 0,50 ponto percentual na taxa Selic à frente é alta.
Fonte: portaldoagronegocio