O plantio de milho 2023/24 avança nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul. A expectativa da Emater é de que sejam produzidas nesta safra mais de seis milhões de toneladas do cereal, 53% acima do volume colhido no ano passado. Contudo, apesar do otimismo quanto à produção, os agricultores gaúchos estão preocupados com a cigarrinha.
Na região noroeste do estado, conhecida por ser muito tecnificada e também pelos investimentos em irrigação, o plantio do milho é considerado pelos produtores uma fase fundamental para o resultado positivo da safra.
Em Fortaleza dos Valos (cerca de 310 quilômetros de Porto Alegre), o produtor Juliano Ravanello explica que a semeadura é uma fase fundamental, pois o estande da planta, o estabelecimento da cultura e a emergência uniforme é muito responsivo na produtividade final do cereal.
“Ela é uma cultura que não tolera erros. Tem que errar o mínimo possível para ter a melhor produtividade final”.
Irrigação é complemento no cultivo do milho
O Rio Grande do Sul sofreu dois anos consecutivos com uma das piores estiagens já registradas no estado. O investimento em irrigação passou a ser uma segurança para manter a área de milho.
Nesta safra 2023/24 Juliano Ravanello revela estar plantando 250 hectares com o cereal.
“Como a gente planta 100% do milho irrigado, nós tentamos manter a área, porque é uma cultura de alto investimento. Ela te responde, mas é um alto investimento. A expectativa é ótima. Temos sempre uma expectativa legal, investimos para ter um resultado, porém tem vários intemperes no meio, como há duas safras atrás as quais enfrentamos uma estiagem muito grande, por mais que foi com irrigação”.
De acordo com o agricultor gaúcho, a irrigação é de suma importância. Entretanto, ela é “um complemento. Ela não substitui”.
Cigarrinha tira o sono dos produtores gaúchos
O ano de 2023, segundo o agricultor Juliano, promete “ser um ano de clima melhor”. Porém, é preciso ficar atento a um possível frio fora de época e as pragas, principalmente a cigarrinha do milho.
O representante técnico de revendas da Bayer, Flávio Carlet, comenta que a presença da cigarrinha do milho no Rio Grande do Sul vem aumentando ano a ano.
“Este ano há mais, porque nós estamos com condição climática, principalmente de temperaturas um pouco acima da média normal. Isso tem favorecido a multiplicação maior dela, o que leva há uma preocupação para o produtor fazer o manejo correto dela”.
Flávio lembra ainda que a cigarrinha do milho é uma praga migratória e que por isso é importante a realização de um trabalho coletivo entre os produtores rurais para baixar a população, diminuindo assim as perdas e danos em decorrência ao enfezamento.
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Fonte: canalrural