Senadores da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticaram, nesta quinta-feira, 18, a operação da que teve como alvo o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ). O parlamentar é o líder da oposição na Câmara dos Deputados.
A ação, no contexto da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, tem como objetivo investigar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os protestos de 8 de janeiro.
Por meio de publicações no Twitter/X, senadores comentaram as buscas realizadas na residência e no gabinete do deputado.
Rogerinho Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, expressou solidariedade ao parlamentar. Ele destacou a necessidade do “término de inquéritos excepcionais que viraram rotina”.
“Democracia Tutelada “. Minha solidariedade ao líder Carlos Jordy, deputado federal que teve seu gab hoje alvo de busca e apreensão por ordem do ministro Alexandre de Morais, urge no Brasil o restabelecimento da normalidade democrática, o necessário reequilíbrio entre poderes, a… https://t.co/AMSxcMVbHD
— Rogério Marinho???????? (@rogeriosmarinho) January 18, 2024
O senador Carlos Portinho (PL-RJ) foi outro a criticar a ação que ocorreu a mando do Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, o que ocorreu hoje contra Jordy representa um “gesto de perseguição e violência política contra um parlamentar e o próprio Congresso”.
+ Leia mais notícias de Polícia na Revista Oeste
“Jordy, como parlamentar, exerceu seu direito de fala criticando o sistema, mas não incitou movimentos ou atentou contra o Estado”, afirmou Portinho. “Vivemos tempos sombrios, páginas da nossa historia que acreditávamos fosse coisa do passado.”
“Uma ação de força e extrema, como ocorre nesse inquérito contra um parlamentar, somente se justificaria houvesse provas e fatos concretos e inequívocos, pois, em não havendo, ameaça toda a oposição ao atual governo, com a intenção de calá-la e intimidá-la”, prosseguiu o senador do Partido Liberal do Rio de Janeiro. “A nossa democracia segue abalada pq alguns com o propósito de defendê-la a capturaram.”
Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também se pronunciou nas redes sociais, considerando o ocorrido como uma “óbvia perseguição política”. Ele, que é filho do ex-presidente , ressaltou que a “forma como essa investigação está sendo conduzida é muito mais ‘lesa pátria’ do que o próprio 8 de janeiro”.
A forma como essa investigação está sendo conduzida é muito mais “lesa pátria” que o próprio 8/Jan.
A continuidade dela, além de autoritarismo e arrogância, é o mesmo que querer culpar a mulher que foi estuprada, ou seja, quem defende a democracia passou a ser o errado.— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) January 18, 2024
O senador Jorge Seif (PL-SC) criticou o sigilo dos mandatos. Nesse sentido, destacou que “nem sob garantias constitucionais os representantes eleitos pela população estão protegidos”.
O ocorrido hoje com o Deputado @carlosjordy só reafirma que o ordenamento jurídico, processual e sistema acusatório colapsaram. Somos escolhidos a dedo. Tudo corre em sigilo. O judiciário de passivo, passou a hiperativo e hipertrofiado. Não há necessidade de MPF. Somente desejo…
— ???????? Jorge Seif Junior (@jorgeseifjunior) January 18, 2024
Carlos Jordy, deputado federal líder da oposição na Câmara dos Deputados, foi alvo de buscas e apreensão da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira,18. Agentes da PF foram à Câmara e à residência do parlamentar, para cumprir mandados expedidos pelo STF, no âmbito da 24ª fase da . A ação pretende apurar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os protestos do 8 de janeiro.
Os policiais cumpriram oito mandados no Rio de Janeiro e dois no Distrito Federal. Em nota, a PF afirmou que “os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, associação criminosa e incitação ao crime”.
Fonte: revistaoeste